domingo, 27 de setembro de 2009

Legislativas 2009 - Act, III

Num fim-de-semana, em que tudo acontece, em que as perguntas são muitas: fecham-se escolas ou não? Quem ganhará o clássico, Sporting ou Porto? O penteado do David Luíz é realmente mau, ou sou eu que não tenho sentido estético? O Paulo Portas conseguirá ficar à frente do Louça? Há uma que se impõem, e não é “Quem será o próximo primeiro-ministro de Portugal? A trinca espinhas ou Pinóquio?”. Mas a grande questão do momento é: “Levarei a minha própria caneta para as urnas, ou utilizarei a que lá está?”.

Quanto a mim, ainda me sinto indeciso. Se levar caneta, posso ser visto como o mariquinhas que tem medo duma gripe, ou o capitalista de direita que prefere utilizar a sua Parker. Se por outro lado, não levar caneta, serei visto como o irresponsável que põe em risco a sua vida e a dos outros, ou o extremista de esquerda que utiliza a caneta que o estado disponibilizou e reivindica a nacionalização de todas as canetas Parker.

Legislativas 2009 - Act, II

Nas últimas semanas fomos bombardeados com uma das campanhas mais mediáticas de sempre. Os candidatos apresentaram os seus programas eleitorais, debateram-nos cara-a-cara com os seus adversários, abriram as suas casas aos mass media – e que bonita que é a casa do Paulo Portas e o neto do Jerónimo de Sousa – e por fim ainda foram esmiuçados por Ricardo Araújo Pereira, onde mostraram os seus dotes de humor quando confrontados mansamente com os seus defeitos e erros políticos.

Por isto, e sem contar com os tempos de antena e os vários diários de campanha que diferentes meios de comunicação todos os dias puseram no ar, estou em condições de afirmar: “Estas são as eleições com mais informação de sempre, agora façam asneira!”

Cá eu, estou confuso, não estou habituado a tanta informação e tanto confronto de ideias, ainda recordo os saudosos tempos em que se votava apenas na cor política sem ter grande conhecimento das ideias do adversário e num mundo onde não existia um MEP nem um MMS – porque p’ra mim mms é, e vai continuar a ser, um chocolate.

sábado, 12 de setembro de 2009

Hino aos emigrantes

Eu juro, que um dia, um desses dias quentes de Agosto, vou carregar o carro de malas, pegar nos meus dois filhos e arrancar virado a Este. Apanharei a A25 como nunca apanhei antes, seguirei os seus trilhos até Espanha. Após passar a fronteira, o destino serão os Pirenéus. Farei todo o caminho pela auto-estrada a uma velocidade média de 150 km/h. Após atravessar a terra dos touros, dos tunings, das castanholas, da paelha e dos homossexuais, chegarei ao meu destino, Francia. Uma vez lá, visitarei os meus parentes, abraçarei-me a eles como se fosse a última vez, demonstrarei saudades não só por esses entes queridos como também pela minha terra natal. Visitarei cada espaço da minha terra novamente, comentarei as mudanças feitas, criticarei o sistema contrapondo sempre que em Portugal é melhor, aliás é muito melhor. Em conversas formais ou informais, com um parente próximo ou um desconhecido utilizarei um idioma próprio, idioma baseado no Francês mas com a inclusão de palavras portuguesas e da expressão “Como se diz em França….?”. Passearei pelo país no meu Mercedes importado, comerei nos melhores restaurantes. Após 30 dias de festa, jantares com comida regional de sabor único, passeios por sítios belos junto à costa e na companhia daqueles que me são mais próximos, terei a capacidade e o altruísmo de cuspir no chão e afirmar que em Portugal é tudo muito melhor, as auto-routes, o sistema educativo, o sistema jurídico, a segurança social, mas por outro lado, omitirei que todos os dias que passo em Portugal, todos os minutos do meu trabalho árduo, onde o carro importado não existe, o jantar é uma sandes, caso haja tempo para isso, omitirei que o meu sonho é voltar a França e que no próximo verão lá estarei, cheio de saudades e dinheiro para gastar.

Question tag 1

Ter Hi5 e Facebook é o mesmo que ter 2 telemóveis (um 91 e um 96)?

B! O lado B da vida!

Cada vez mais Somos a geração Bi! Já temos dois carros, duas casas, dois telemóveis e alguns até já são bissexuais. Será pedir muito ter duas mulheres? Uma Loira e uma Morena, uma técnica de cabeleireiro e uma licenciada em gestão, uma dona de casa e uma louca na cama.

tenho dito (e não volto a repetir)