segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Lambe- Cricas, ser ou não ser?

“Jorge és um Lambe-Cricas!”

É óbvio que a minha reacção foi uma coisa máscula, uma coisa de homem, uma auto-defesa; “Cala-te ó palhaço, se fosses era pra p* que te p*!!”

Após este insulto, este incidente desagradável, comecei a pensar mais profundamente no assunto. Conclui o seguinte, se calhar ser Lambe-Cricas não é assim tão mau, será que me estavam a ofender ou a elogiar?

Decidi então explorar o assunto. “Lambe” vêm do verbo lamber (Terceira pessoa do singular) e Crica, segundo o dicionário de Língua Portuguesa, 7ª edição, significa ‘uma espécie de Berbigão’. Até aqui não vejo nenhuma ofensa, penso que ser apreciador de marisco não seja assim tão mau.

Explorei o meu tema a nível de senso comum, qual a melhor maneira para conhecer o senso comum? Falar com pessoas idosas. É óbvio!

Descobri então que ser um Lambe-Cricas significa ser um “Paõzinho sem sal”, um Tótó. Uma daquelas pessoas que toda a gente tem muita estima, mas no fundo ninguém gosta. Descontente com o que tinha descoberto, continuei abrir horizontes, até que de repente me lembrei de algo que tinha aprendido na adolescência. Crica pode ser equiparado ao órgão sexual feminino, a Vagina.
A minha indignação passou para uma segunda fase, a de contentamento. Fase que durou cerca de 2 minutos, passei então para a fase em que me encontro agora, curiosidade; será que era um elogio? E se sim, como é que isto é sabido?

Falando agora de assuntos sérios, falando do mediático Caso Madeleine McCann. Há uma coisa que me anda a incomodar. Pessoas do mundo, pessoas de Portugal; parem de fazer este comentário: “Eu nunca gostei dela [Kate McCann], eu já estava a ver isto desde o inicio”.

Epá, estavam mesmo? Telefonassem para a PJ e dessem a vossa ideia!

Abraços Zickrianos