quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Estudos

É verdade, eu sou céptico em relação a estudos, para mim quem realiza estudos é gente que definitivamente não tem que fazer. Que me interessa a mim que em média passemos num sei quantas horas em filas de espera na vida, ou que a as pilhas alcalinas tem em média menos 20% de utilização que as de Litium (esta fui eu que inventei).

Já antes tinha mostrado este meu desagrado em relação a estudos, que na realidade não interessam a ninguém. Também não aprecio quais queres tipos de exames psicológicos e psico-socio-pedagógico-económicos (fui eu que inventei outra vez, esta palavra - conjunto de palavras), que definam personalidades, tendências da sociedade ou qualquer tipo de coisa.

Agora o caro leitor está a pensar, este rapaz é uma besta, ao que eu respondo, por vezes sou, mas também não aprecio leitores que falem das outras pessoas.

Apreciem como eu vou em apenas alguns pequenos parágrafos tirar toda a credibilidade a vários estudos.

Uma pessoa desconhecida chega ao pé de si caro leitor, neste caso adolescente, e pergunta-lhe: “Quantos Shots bebes numa noite?”. E o caro leitor, em frente ao seu grupo de amigos, e apesar de ser um dos caixas de óculos da turma e a única experiência que teve com álcool passa apenas pela desinfecção de feridas, vai responder: “Bebo prai uns 7 ou 9”. No dia seguinte, a manchete de uma qualquer revista dita científica (porque apresenta estudos) seria: 92,5% dos adolescentes com menos de 14 anos consome bebidas alcoólicas em demasia (considerando demasia 2 copos).

E este é que é problema, o que desacredita os estudos não sou eu, é o facto de estes serem deturpados por revistas que os usam de uma forma sensacionalista.

O caro leitor imagine-se agora numa daquelas ruas de calçada portuguesa, onde os carros não podem circular. Vai com o passo apressado pois o seu turno na pastelaria Avenida (em todo o lado há uma pastelaria Avenida, em todo o lado há avenidas) começa dentro de 20 minutos e ainda tem de vestir todo o equipamento de um ajudante de padeiro, uma senhora aparentemente elegante, é esta a ideia que eu tenho das pessoas que fazem estudos, raparigas aparentemente elegantes e sem nada para fazer, interpela-o com um suave Desculpe. O leitor topa-a e ao ver as folhas e a caneta que esta bela moça empunha nas mãos, diz: “já dei lá atrás ao seu colega”. Só quando ouve, “desculpe isto é um pequeno estudo sem fins lucrativos”, pára.

“O senhor é casado?”, “Sou sim!”. “Tem a vida sexual em dia, portanto?” (esta pergunta fui eu que inventei), como bom macho latino que um qualquer ajudante de padeiro é, responde “Tenho pois!”. “Importa-se de me precisar quantas vezes tem relacionamentos com a sua esposa por semana?”, apesar de andar metida com um ou dois senhores do poder para ter um emprego destes, esta senhora é pura demais para empregar a palavra SEXO. “Temos portanto relacionamentos cerca de 7 a 9 vezes por semana”.

A manchete do estudo seria: “Os Portugueses fazem mais sexo que os Suecos”.

Qual é o motivo disto? Na Suécia não há calçadas Portuguesas.

A Super interessante deste mês, disponibiliza um estudo científico que revela a relação entre personalidade e gostos musicais. Pode ser lido ainda que pessoas “inteligentes, criativas, liberais e tolerantes” apreciam Jazz e Blues, já os “extrovertidos, loquazes, energéticos, elevada auto-estima” ouvem Hip-Hop, os “previsíveis e convencionais” têm por hábito ouvir POP.

Sobre isto, só tenho a dizer; Foudasse!! Quem é que paga isto? Para a próxima perguntam-me a mim que eu digo-vos.