quinta-feira, 23 de março de 2006

Boas…

Caros companheiros de longa data, zickraft, zickreft e zickrift, hoje vou vos lançar aqui uma nova ideia, vá pode ser mesmo uma nova rubrica. E que tal se a partir de agora assim na loucura comentássemos uma música? aah? Que acham? Umas mais sérias, outras mais pra abacalhar. Vá… fica no ar.

Hoje este blog vai parecer sério, culto e ate digno de alguma credibilidade.

E agora estão vocês a perguntar; “ah e tal e vai mesmo acontecer o que?”.

Acontece é que eu hoje acordei sentimentalista, lol, e neste momento já devem estar os mais cépticos e os mais machistas a pensar, tas mas é a começar ‘abichanar’.

Mas não, venho só ‘homenagear’ um grande compositor português, Manuel Cruz (no papel de escritor e vocalista dos ornatos violeta).

Então porque não analisar e comentar, uma das músicas portuguesas mais perfeitas (isto na minha humilde opinião, claro!)?

Titulo: Ouvi Dizer

Álbum: O monstro precisa de amigos

Artista: Ornatos violeta

Ouvi dizer que o nosso amor acabou

Pois eu não tive a noção do seu fim

Pelo que eu já tentei, eu não vou velo em mim

Se eu não tive a noção de ver nascer o homem

E ao que eu vejo tudo foi para ti

Uma estúpida canção que só eu ouvi

E eu fiquei com tanto para dar

E agora, não vais achar nada bem que eu pague a conta em raiva

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã

E eu tinha tantos planos pra depois

Fui eu quem virou as páginas, na pressa de chegar até nós

Sem tirar das palavras o seu cruel sentido

Sobre a razão de estar cega

Resta-me apenas uma razão

Um dia vais ser tu, e um homem como tu, como eu não fui

Um dia vou-te ouvir dizer

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

Sei que um dia vais dizer

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

E pudesse eu pagar de outra forma

A cidade está deserta

E alguém escreveu o teu nome em toda a parte

Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas

Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura

Ora amarga, ora doce

Para nos lembrar que o amor é uma doença

Quando nele julgamos ver a nossa cura

Num há muito a dizer, esta letra está perfeita, tem literalmente principio, meio e fim.

Secalhar estão todos a pensar, este miúdo ta louco e amaricou de vez. Vejo me obrigado a usar um poema da Bíblia, que é qualquer coisa assim: “ ..quem nunca sentiu isto que amande a primeira pedra..” (mas mandem devagar que isso ainda aleija!!).

Podemos tirar excertos da música como este: ‘Se eu não tive a noção de ver nascer o homem’, ou até deles mais profundos como este: “E ao que eu vejo tudo foi para ti….Uma estúpida canção que só eu ouvi”.

E agora deizei-me, quantos de vocês nunca sentiram raiva de ninguém? (Ned Flanders tu num contas..lol)

Sim, porque normalmente é a maneira mais fácil para fugirmos à realidade. É criticarmos e acusarmos, convencendo-nos de que foi melhor assim.

Mas o Manuel Cruz não se fica por aqui, até a vingança ele invoca; “Um dia vais ser tu, e um homem como tu, como eu não fui”

E pronto, espero que num tenha sido desagradável, mas a vida num é só ramboia, há que ter valores e para isso é que os zickrs existem, para educar as mais desfavorecidas (culturalmente claro..lool).

Abraço zickriano

“…o amor é uma doença..”

1 comentário:

Anónimo disse...

Escolha acertada da música e opinião partilhada!!!
Fico à espera da próxima, tá!!!