Numa dessas entrevistas de emprego, onde há dinâmicas de grupo e cada um finge ser o que não é, mas sente que realmente aquela é a postura adoptar, quando na realidade, como dizem os antigos, “cada um é como é, e assim deve ser”. Um dos indivíduos, enfermeiro recém-licenciado, contava a sua situação profissional. Desempregado. Por assim o ser, e digo recém-licenciado e não desempregado, o individuo com manhas de falador e digno engraçadinho, não compreendendo o peso da palavra desempregado, que para ele significará viver da mesma forma que vivia até então com atenuante de colocar apenas 10 € no Opel Corsa de 2009, oferta generosa de formatura por parte dos pais. Assume perante a plateia, que lamenta não possuir o factor C na procura de emprego. Escandalizadíssimo, o narrador desta história, procura a mesma perplexidade em que ficou, no rosto dos demais, no entanto não a encontra.
“Como é que é? O individuo disse factor C numa entrevista formal e ninguém demonstra o mínimo de incómodo?”
Ontem compreendi que C provém de Cunha e não de C....
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2 comentários:
Nesta altura do campeonato, o que eu dava por ser beneficiada pelo factor C... A meritocracia morreu, primo. Chego a duvidar se algum dia chegou a viver de boa saúde.
Um feliz 2012 pra voce. Adorei seu blog. Parabens.
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