quarta-feira, 3 de junho de 2009

Quão grande é a responsabilidade de dar um nome a alguém?

O processo é simples, tudo começa na “cama”. Não vos ensinarei a fazer filhos, não porque não saiba, porque até já vi fazê-los.

Depois temos um filho, o filho nasce, ao inicio não é mais que uma coisa vermelha feia e que grita e depois então surge o problema, atribuir-lhe um nome. Se for ainda mais correcto este passo surge bem atrás no processo, talvez logo a seguir a fazer o filho (já disse que não ensinarei, mas já vi com estes olhinhos que a terra há-de comer a fazerem-nos, fica a dica que são necessárias duas pessoas, já ouvi falar em três mas pareceu-me demasiada javardice).

Já pensaram na responsabilidade implícita a este acto? Atribuir um nome a alguém é, tipo, definir metade da sua vida. É definir quais serão os seus apelidos, apelidos que o farão chorar no 7º ano ou ser respeitado na vida. É definir qual o nome dos seus netos, porque toda a gente é orgulhoso suficiente para dar o seu nome ao seu filho, como se fosse hereditário, “Se eu sou o Carlos Padeiro, tu hás-de ser o Carlos Padeiro Júnior”. É definir qual será o número do seu filho na escola e por conseguinte o lugar onde se senta, uma Ana sempre encara a professora de frente enquanto um Vítor é prejudicado por ficar sempre na última fila e não ouvir a matéria.

Por isto e muito mais que não quero aqui falar, simplesmente porque não me apetece, eu defendo a existência de um conselho jurídico que avalia as consequências de ser atribuído um nome. Estas consequências serão mostradas aos pais através da projecção de um PowerPoint numa tela 16:9. Evitaríamos a existência de Miltons, Bernardetes, Marlenes e tantos outros bons nomes que existem por aí.

Eu sou simples ao ponto de achar que os senhores se deveriam chamar João e as senhoras Maria. Bem sei que isto não é possível e que existe até quem diga que cada nome tem um significado que define a personalidade de um indivíduo.

Como este meu capricho não pode ser cumprido, continuarão a existir Amélias, Joaquinas e Michelles, apenas peço que sejam prudentes e tenham em conta dois aspectos:

· Cuidado a atribuir dois nomes, não que ter dois nomes seja mau, longe disso, só há nomes que nasceram para ser segundos, para viverem fora das luzes da ribalta. Karina Isabel são dois primeiros nomes, Maria e Ana jamais poderão ser segundos nomes, são aquilo a que eu chamo de prefixos de um nome. “Ah, ela chama-se Ana.”, “Ana quê?”.

· Porquê atribuir nomes no plural? Porque é que alguém se há-de chamar Marcos se é apenas um indivíduo. Tal como eu não sou Jorges. Não que não goste, só que soa a foleirada.

Sejam prudentes, escolham com moderação, pensem no futuro dos vossos filhos.

4 comentários:

Rita disse...

Apoiado :) hehe

Nandp disse...

Se achas que isso está na categoria de nomes foleiros, então não sabes o que é uma categoria de nomes foleiros. Mas de resto sim senhor! Estás lá.

Nando disse...

O Nandp não sei quem é, mas o Nando conheço. Diz que sou eu...

Anónimo disse...

E pessoas que se chamam Jonathas ou Francisco Manuel ou, e espero que a visada não leia isto, Karina Maria? Pobres crianças!